sexta-feira, 29 de novembro de 2024

UM CORAÇÃO GRATO AO SENHOR 24.11.2024

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Salmo 116

            Por meio da gratidão reconhecemos e valorizamos favores recebidos, seja um milagre ou simples ajuda numa tarefa. É um sentimento de apreciação sincera, muitas vezes acompanhado de humildade, que pode ser dirigido a pessoas, situações ou a Deus. Ela promove uma atitude de contentamento e conexão com o que é significativo na vida.

            O salmo em destaque é um testemunho pessoal de gratidão e confiança no Senhor, refletindo a jornada do salmista ao passar por adversidades e experimentar o socorro divino. Algo que geralmente esquecemos, quando passamos por dificuldades, é sermos tentados a não agradecer o cuidado constante do Senhor. O propósito do salmista é ensinar-nos a reconhecermos a bondade e misericórdia divina em todas as circunstâncias.

            O clamor em meio à aflição – V.v 1-4 – “Amo ao Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas.” O poeta nos mostra que o amor surge da experiência. Ele começa declarando seu amor a Deus, fundamentado em seu conhecimento de resposta às orações. O verbo ouvir, no hebraico, implica atenção ativa e intenção de agir. Deus não apenas ouve, mas se inclina para nos ajudar. Um bom exercício para a nossa fé é lembrar-se de como Deus atendeu as nossas orações no passado, isso certamente nos ajudará em tempos de crises.

            Perceba a situação caótica do salmista: “Cordéis da morte" e "angústias do inferno" (v. 3) representam uma situação extrema, em que apenas Deus poderia socorrer, contexto em que o poeta clamou ao Senhor, semelhantemente, no salmo 34:6, quando ele declara: “Este pobre homem clamou, e o Senhor o ouviu; e o libertou de todas as suas tribulações.” Spurgeon disse: "Deus nunca rejeita a oração de um coração quebrantado."

            No versículo 4, ele clama: "Ó Senhor, livra a minha alma!" Este pedido simples reflete uma confiança absoluta na soberania divina.

A resposta de Deus: Misericórdia e Justiça – V.v. 5-9 - "Compassivo e justo é o Senhor; o nosso Deus é misericordioso." O salmista faz uma descrição de Deus como misericordioso, compassivo e justo. Algo que Deus revelou ao grande líder israelita, Moisés: "Senhor, Senhor, Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e de fidelidade, que mantém o seu amor a milhares e perdoa a maldade, a rebelião e o pecado. Contudo, não deixa de punir o culpado; castiga os filhos e os netos pelo pecado de seus pais, até a terceira e a quarta gerações" (Ex 34:6-7). Nele esses atributos trabalham juntos em perfeita harmonia.

            Com essa verdade em mente, o salmista nos dá três grandes lições: primeiro, podemos encontrar descanso, porque Deus nos livra da morte (vv. 7-8). Segundo, Ele liberta os necessitados, a fim de poderem viver em obediência a Ele (v. 9), e é o único totalmente confiável (vv 10-11). Em tempos de tribulação, devemos lembrar-nos das promessas de Deus, encontrar descanso nEle e dizer: "Volta, ó minha alma, ao teu repouso" (v. 7)

            Um compromisso de gratidão – V.v 12-14 - "Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?" O escritor faz uma pergunta cuja resposta é evidente: não há nada que possamos dar a Deus que seja suficiente para retribuir o amor e as bênçãos dEle recebidas. Isso aponta para a graça de Deus, dada gratuitamente, sem merecê-la ou podermos retribuí-la.

            Sua resposta à indagação o leva à prática. Ele decide: “Tomar o cálice da salvação (v. 13) - Participar dos rituais de adoração e celebrar a salvação de Deus; “Invocar o nome do Senhor” (v. 13) - Continuar vivendo em sua dependência e comunhão com Ele, e “cumprir os votos ao Senhor/” (v. 14, 18) - Obedecer às promessas feitas em resposta às bênçãos obtidas. Assim, as nossas ações de gratidão devem incluir obediência, louvor, serviço fiel e manifestação pública: “Pagarei os meus votos perante o seu povo" (v. 14).

            "Que darei ao Senhor?" não é uma pergunta que possamos responder com méritos próprios, mas com um coração disposto a retribuir em amor as dádivas que nos concede. Nossa maior resposta é oferecer a nossa vida, vivendo de forma que em tudo O glorifique.

            A Importância da Comunhão e do Louvor – V.v 15-19 - "Preciosa é aos olhos do Senhor a morte dos seus santos."  Deus valoriza cada momento da vida dos Seus servos, até mesmo a sua morte, como algo precioso. Portanto, devemos habituar-nos a glorificá-lO, sabendo que Ele está atento à nossa caminhada. O salmista encerra com um convite à adoração coletiva (v. 19), reconhecendo que o louvor deve ser compartilhado com o povo de Deus.

            Morgan diz: "Independentemente das circunstâncias que deram origem a esse cântico, é evidente que todo seu rico significado foi cumprido, quando no meio daquele pequeno grupo de almas perplexas e as sombras da morte já pairando sobre Ele, Jesus cantou esse cântico de triunfo profético sobre a escuridão da hora da paixão pela qual estava passando. A sua vitória sobre a morte tornou-se o cântico triunfante sobre a morte de todos que lhe pertencem"

            Assim como o salmista, somos chamados a declarar: "Amo ao Senhor!" Que a nossa vida seja um testemunho constante do pleno cuidado e amor, que Deus concede.

             Rev. Liberato Pereira dos Santos




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