sexta-feira, 27 de junho de 2025

UMA RESPOSTA CRISTÃ ÀS GUERRAS DOS NOSSOS DIAS 29.06.2025

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Mateus 5:44

Atualmente, a humanidade observa com inquietação as desavenças no Oriente Médio e na Europa Oriental. Os conflitos entre Israel e Irã, juntamente com a devastadora guerra entre Rússia e Ucrânia, além de inúmeros outros conflitos armados, expõem uma verdade perturbadora: a humanidade ainda opta pela violência como meio de solucionar seus conflitos. Cada explosão, cada vida ceifada, cada família devastada confirma uma dura realidade - a guerra sempre causa morte e destruição, nunca a paz duradoura que os povos almejam.

Esses conflitos modernos não consistem apenas em disputas geopolíticas ou econômicas, mas são expressões ferventes de um estado de degradação espiritual. A violência que vivemos é constituída pelo afastamento progressivo do homem em relação a Deus, que , dominado por suas paixões procura fazer a força prevalecer sobre o que deveria se resolver pela justiça, pela compaixão e pelo amor.

No Sermão do Monte, Cristo propôs um modelo revolucionário que confronta de maneira direta a lógica humana da vingança. Ao declarar "Amai os vossos inimigos", Jesus não estava simplesmente propondo uma postura alternativa para seus seguidores; ele estava instituindo um princípio essencial que poderia mudar a história da humanidade. Esta lição simboliza uma quebra drástica com a mentalidade dominante de seu tempo, e da nossa também.

Os escribas e fariseus da época de Jesus pregavam: "Ame o teu próximo, e odeie o teu adversário". Essa leitura equivocada da lei mosaica gerava divisões, fomentava animosidades e legitimava o ódio entre as nações. Curiosamente, essa mesma mentalidade permeia muitos dos conflitos atuais, onde cada lado considera sua causa justa e seu ódio pelo adversário como virtude patriótica ou religiosa.

Cristo revela que essa interpretação farisaica não tinha fundamento genuíno nas Escrituras. Os comandos do Antigo Testamento para exterminar certas nações cananitas eram instruções judiciais específicas de Deus para momentos históricos particulares, não licenças perpétuas para o ódio generalizado. Quando mal interpretados, esses textos tornam-se justificativas perigosas para a violência contemporânea.

A proposta cristã é profundamente diferente. "Bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem" – estas palavras de Cristo não são mero idealismo utópico, mas um caminho prático para quebrar ciclos de violência que têm assolado a humanidade por milênios.

Quando observamos os conflitos atuais através desta lente bíblica, percebemos que cada ato de retaliação apenas alimenta uma espiral descendente de hostilidade. A vingança gera mais vingança; o ódio produz mais ódio. A história da humanidade está repleta de exemplos em que a busca pela "justiça" através da violência resultou apenas em mais sofrimento para todos os envolvidos.

O amor pelos inimigos não significa passividade diante da injustiça, mas representa uma forma superior de resistência – uma que transforma corações em vez de simplesmente destruir corpos. É reconhecer a humanidade comum que compartilhamos, mesmo com aqueles que consideramos adversários. Como afirmou John Piper no seu sermão "Love Your Enemies": "Amar o inimigo não significa sentir carinho por ele. Significa, em vez disso, manifestar atitudes e ações concretas de bondade, oração e misericórdia, mesmo diante da hostilidade. Você ora por ele, faz o bem a ele e deseja sinceramente seu bem maior, que é estar reconciliado com Deus."

Em um mundo onde líderes políticos e religiosos frequentemente inflamam paixões nacionalistas e étnicas, a mensagem de Cristo ressoa como alternativa genuína. Somente quando a humanidade redescobrir sua necessidade de Deus e abraçar Seus princípios de amor, perdão e reconciliação, poderemos esperar ver o fim dos ciclos destrutivos de violência que continuam ceifando vidas preciosas em nosso tempo.

A paz verdadeira não virá por meio de tratados militares ou equilíbrios de poder, mas pela transformação dos corações humanos pelo amor divino. Como declarou John MacArthur: "A verdadeira paz não é fruto de acordos humanos ou de esforços políticos, mas resultado da obra de Cristo no coração. Só Ele pode transformar o interior do homem e conceder a paz que excede todo entendimento."

Sendo assim, sejamos promotores da verdadeira paz, rejeitando qualquer forma de violência e escolhendo, deliberadamente, amar até mesmo aqueles que se consideram nossos inimigos. Lembremos que muitos, afastados de Deus, acabam promovendo conflitos sem conhecer o poder transformador do amor divino. Por isso, sigamos firmes no caminho do diálogo e do bom senso, estendendo a mão ao invés de fechar os punhos. Que nossas ações, então, traduzam a graça de Cristo, e que nossas palavras sejam sempre verdadeiras pontes e não barreiras. Oremos sempre para que a paz de Deus reine em nossos corações e se expanda em nossas relações.

Rev. Liberato Pereira dos Santos



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