quinta-feira, 3 de julho de 2025

DA PEQUENA FÉ À CONFIANÇA INABALÁVEL 06.07.2025

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Mateus 6:31-33

A questão da fé sempre ocupou posição central no ensino cristão, especialmente quando se trata de superar a chamada "pequena fé". No texto supracitado, Jesus nos revela de forma maravilhosa como expandir nossa confiança em Deus, baseada em uma distinção fundamental que Ele estabelece entre os crentes e os ímpios.

            O método lógico de Jesus - Um aspecto notável do ensino de Cristo é sua natureza profundamente lógica. Jesus não se limitava a fazer declarações autoritárias; em vez disso, conduzia seus ouvintes por meio de argumentos estruturados, usando palavras conectivas como "portanto", "porque" e “pois”, para construir uma cadeia de raciocínio. Esta condescendência maravilhosa demonstra o desejo do Mestre de que compreendêssemos verdadeiramente, não apenas aceitássemos passivamente, seus ensinamentos.

            Quando Jesus diz: “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou com que nos vestiremos?", Ele está construindo sobre fundamentos previamente estabelecidos. A repetição da injunção fundamental contra a ansiedade não é mera redundância, mas um aprofundamento progressivo do ensino, levando-nos da compreensão geral para aplicações específicas.

            A distinção fundamental: Crentes versus Gentios - O argumento central apresentado por Jesus é que os crentes devem ser fundamentalmente diferentes dos gentios em sua abordagem às preocupações materiais. Esta distinção não é superficial ou cultural, mas toca no âmago da experiência espiritual humana.

            Os gentios, ou ímpios, são caracterizados por sua completa ausência de revelação divina. Eles vivem "sem Deus no mundo", conforme observa Paulo em Efésios 2:12. Esta condição não é apenas uma questão de ignorância intelectual, mas sim de uma dependência espiritual que limita a maneira como compreendem a vida. Sem contato com os oráculos de Deus, sem conhecimento das Escrituras e sem compreensão do plano de salvação conforme revelado em Jesus Cristo, os ímpios operam dentro de horizontes muito limitados.

            As consequências práticas do silêncio da Revelação Divina. A falta de revelação divina traz consequências práticas devastadoras para a vida dos ímpios. Eles desconhecem as "preciosas e mui grandes promessas" mencionadas em II Pedro 1:4, bem como as diversas garantias que Deus oferece ao Seu povo. Vivem em "espessas trevas" sobre questões fundamentais: como a vida deve ser vivida e qual é o destino eterno da humanidade.

            Esta ignorância espiritual resulta em uma perspectiva de vida inteiramente dependente de recursos humanos limitados. Sem a luz que vem do alto, os ímpios são forçados a confiar exclusivamente em seus próprios pensamentos e capacidades para navegar pelas incertezas da existência material.

            A posição especial dos crentes - Em notável contraste, os crentes gozam de uma revelação especial de Deus. Eles conhecem o amor de Deus manifestado no evangelho: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16). Essa é uma revelação que ultrapassa o conhecimento puramente informativo e efetua mudanças profundas que transformam a maneira de pensar a respeito das coisas materiais.

            Os cristãos receberam os oráculos de Deus, têm acesso às Escrituras e compreendem o caminho da salvação. Esta posição privilegiada não é motivo para orgulho, mas base para uma confiança inabalável na provisão divina.

            A contradição da ansiedade Cristã - Quando um crente se entrega à preocupação excessiva com alimento, bebida, vestuário e questões materiais, ele está, paradoxalmente, vivendo como um ímpio. Esta é a força do argumento de Jesus: comportar-se com ansiedade material é negar, na prática, toda a revelação que recebemos sobre o caráter e as promessas de Deus.

            Esta contradição não é apenas inconsistente; é espiritualmente destrutiva. Reduz o crente ao mesmo nível daqueles que não possuem conhecimento de Deus, anulando efetivamente o poder transformador da revelação divina em sua vida.

            Sendo assim, nossa fé se torna inabalável quando começamos com o reconhecimento claro de nossa posição privilegiada como receptores da revelação divina. Não podemos permitir que nossa experiência espiritual seja reduzida ao nível dos que vivem sem Deus. Em vez disso, devemos permitir que o conhecimento das promessas e provisões divinas transforme nossa abordagem às preocupações materiais, desenvolvendo uma confiança robusta baseada no caráter imutável de nosso Pai celestial.

           Rev. Liberato Pereira dos Santos


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