domingo, 28 de dezembro de 2025

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO EM 2025 28.12.2025

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Lucas 13:6-9

Ao final de cada ano, organizações realizam avaliações de desempenho. Revisam-se contribuições, produtividade, metas cumpridas e definem-se objetivos para o período seguinte. Esse processo determina promoções, aumentos ou, em casos extremos, demissões. É uma prática muito comum no mundo corporativo, mas é de grande valia aplicá-la à vida em comunidade e à nossa jornada pessoal de fé? Assim quero propor que façamos uma avaliação honesta de 2025, tanto coletivamente quanto individualmente, utilizando como parâmetro as sete igrejas do Apocalipse e a parábola da figueira estéril.

O Livro do Apocalipse apresenta sete igrejas que representam diferentes condições espirituais. Éfeso abandonou seu primeiro amor; Esmirna enfrentaria perseguição; Pérgamo precisava se arrepender; Tiátira tolerava falsa profecia; Sardes adormeceu espiritualmente; Filadélfia guardou os mandamentos com paciência; e Laodiceia possuía fé morna. Cada uma dessas descrições ressoa com nossas realidades contemporâneas.

Quando olhamos para nossas igrejas locais, somos forçados a fazer perguntas incômodas: qual dessas sete melhor nos descreve? Perdemos o fervor inicial do evangelho? Estamos adormecidos em nossa fé? Nossa devoção se tornou morna, sem o calor da paixão por Cristo? A verdade é que muitas comunidades de fé oscilam entre essas condições, raramente alcançando o padrão de Filadélfia — aquela que guardou os mandamentos e suportou pacientemente.

A esperança, porém, reside no fato de que essas não são sentenças finais, mas diagnósticos que permitem cura. O próprio Jesus, ao dirigir-se a essas igrejas, oferece chamados ao arrependimento e promessas de restauração.

Se 2025 recebesse uma nota de 1 a 10, qual seria a sua? Alguns podem responder 8 ou 9 — um ano de sucesso profissional, relacionamentos saudáveis, realizações significativas. Outros, talvez, atribuam 5, um ano monótono, rotineiro, sem grandes acontecimentos. E há aqueles que dariam 2 ou 3, marcados por tragédias, perdas e sofrimento.

Independentemente da nota, a pergunta mais importante não é sobre circunstâncias externas, mas sobre transformação interior. Como você cresceu espiritualmente? Seu relacionamento com Deus floresceu ou estagnou? Você refletiu em suas ações o fato de ser filho de Deus? Essas questões tocam no cerne da avaliação que realmente importa.

Ao refletir sobre o ano que passou, certamente há arrependimentos. Momentos em que poderíamos ter sido mais compreensivos, pacientes, solidários. Situações em que permitimos que o orgulho, a crítica ou a indiferença nos afastassem de quem amamos e de Deus. Essa reflexão honesta é o primeiro passo para a transformação.

Jesus nos apresenta uma parábola breve, mas profunda, em Lucas 13:6-9. Um proprietário visita uma figueira plantada em seu vinhedo, esperando encontrar fruto. Por três anos consecutivos, 36 meses, 1.095 dias, ele retorna com a mesma expectativa razoável e encontra apenas esterilidade. A árvore ocupava espaço, consumia recursos do solo, mas não produzia nada.

Essa árvore tinha vantagens: estava protegida no vinhedo e havia sido plantada propositalmente. Apesar disso, permanecia improdutiva. O proprietário, justificavelmente, deseja cortá-la. Mas o jardineiro intervém: "Dê-me mais um ano. Vou cavar ao redor, virar o solo, adicionar fertilizante e cuidar dela."

Essa é a graça de Deus em ação. Apesar de nossa infidelidade, Ele não desiste. Continua cavando, regando, nutrindo. Mas há um propósito nessa graça: a produção de fruto. Deus não nos cultiva para que permaneçamos estéreis.

Jesus deixa claro em João 15:5: "Aqueles que permanecerem em mim, e eu neles, darão muito fruto; pois vocês não podem fazer nada sem mim." A frutificação não é resultado de esforço próprio, mas de conexão vital com Cristo. Sem essa conexão, cada ano será avaliado abaixo daquilo que Deus espera de nossas vidas.

O que significa permanecer em Cristo? Significa manter comunhão constante por meio da oração, alimentar-se de Sua Palavra, viver sob Sua autoridade e permitir que Seu Espírito nos transforme. É nessa intimidade que produzimos fruto: fruto da fidelidade, da comunhão, do amor, da paciência, da generosidade.

Enquanto 2025 chega ao fim, Jesus nos aguarda com pá na mão e balde de água ao lado, pronto para nos levar para 2026. Essa não é uma promessa vaga, mas uma certeza fundamentada na Sua natureza e compromisso conosco. Ele se entregou por nós, derramou Seu sangue, suportou a cruz, tudo para que pudéssemos ser restaurados e frutíferos.

A avaliação de desempenho que realmente importa não é aquela que determina promoções ou demissões, mas aquela que nos convida à transformação contínua. Que 2026 seja um ano em que Adoração, Serviço, Amor, Oração e Evangelismo sejam nossas prioridades. Que não decepcionar nosso Senhor seja nosso compromisso. Que sejamos frutíferos.

Rev. Liberato Pereira dos Santos

Disponibilizamos o boletim informativo da IPBN, a fim de que você fique por dentro daquilo que Deus está fazendo em/através da nossa comunidade. Boa leitura. Click no link abaixo e faça o download:https://mega.nz/file/cpRgQYCa#dFIHC8LS0UitimWXT6lK6f6G3H2eQMGuksiBiXz99xs

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