sexta-feira, 8 de julho de 2022

DEVO REALMENTE ME ENVOLVER COM ISSO? 10.07.2020

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Romanos 10:1

Imagino que você, como o apóstolo Paulo, ora e transmite fervorosamente o evangelho para salvação dos que estão perdidos, sem Cristo. Pois todos nós, sem exceção, somos comissionados para essa nobre missão.

No texto supracitado, Paulo expressa que estava orando pela conversão dos judeus, que negavam aberta e persistentemente que Jesus era o Messias. Ele expressou sua profunda tristeza e pesar por causa da condição perdida, afirmando que: “a minha súplica a Deus a favor deles são para que sejam salvos.” Interessante que o apóstolo não diz nada sobre a natureza dessa oração e não apresenta detalhes sobre as palavras que utilizou. Não sabemos nada além de sua afirmação, de como ele pedia para salvá-los. Imagino que ele orou para que Deus pudesse atrair seus corações com Sua beleza e os libertassem da escravidão, trazendo-os a Cristo.

            Quando você ora pelas almas perdidas, o que especificamente pede a Deus que faça? Suplica ao Pai que abra portas, a fim de que possam ouvir o evangelho? Você pede a Deus que incomode seus corações para que façam perguntas relevantes, tais como: O que acontecerá quando eu morrer? Minha vida tem algum sentido? Você intercede para que seus corações fiquem inquietos com a sua condição perdida, de tal forma que elas comecem a fazer perguntas sobre se Deus existe ou não, e qual a sua relação com Ele? Embora essas sejam coisas legítimas para pedir a Deus, pretendo sugerir que há muito mais a colocar no foco de nossas orações.

            Uma pessoa em necessidade de conversão está “morta em seus delitos e pecados.” (Ef 2:1); ela é escrava do pecado (Rm 6:17; Jo 8:24). Paulo afirmou que Satanás, o deus deste mundo, cegou as mentes das pessoas perdidas, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo. (II Co 4:4) Em um dos seus retratos mais claros da condição dos não salvos, o apóstolo os descreve como sendo: “obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração, os quais, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à dissolução para, com avidez, cometerem toda sorte de impureza.” (Ef 4:18-19). Em Romanos 8:7, ele vai declarar que o incrédulo é “hostil a Deus.”. Estas são apenas algumas das razões pelas quais devemos pedir a Deus, em oração, que dê vida e liberte a pessoa que se encontra morta em seus pecados e escrava deles. Para que o Senhor ilumine suas mentes e suavize seus corações, a fim de que a hostilidade seja efetivamente substituída por afeição, e a rebelião transformada em submissão.

            Como observamos, embora Paulo não apresente informações especificas sobre o conteúdo de sua oração pelos judeus não salvos, creio que ele orou para que Deus fizesse a seus compatriotas, o mesmo que fez a Lídia: Ele abriu o coração dela (que de outra forma permaneceria “fechado”) para atender às coisas que ele dizia. (At 16:14) Devemos orar com todo fervor a Deus, que uma vez disse: “Haja luz”, a fim de que, por esse mesmo poder criativo, dissipe totalmente as trevas da incredulidade e assim “brilhe em seus corações a iluminação para o conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo.” (II Co 4:6).

            Podemos orar ainda a Deus para que “tire o coração de pedra e lhes dê um coração de carne, concedendo-lhes um novo espírito.” (Ez 36:26; 11:19 ). E com nossas orações, devemos “ser bondoso, ensinar e corrigir com mansidão e paciência, se porventura Deus lhes conceder arrependimento e libertação do laço de Satanás” (II Tm 2:24-26).

JI Packer, em seu livro Evangelismo e a Soberania de Deus, nos mostra que, nas orações pela conversão das pessoas, devemos considerar: “Deus é quem salva os homens; você sabe que o que faz os homens se voltarem para Deus é a própria obra graciosa de Deus de atraí-los para Si mesmo; e o conteúdo de suas orações é determinado por esse conhecimento. Assim, por sua prática de intercessão, não menos do que dando graças por sua conversão, você reconhece e confessa a soberania da graça de Deus. E assim fazem todos os cristãos em todos os lugares” (pp. 15-16).

            Assim, torna-se necessário que você, por ser cristão, se envolva completamente na obra de evangelização, começando pela oração, pois, se Deus não atuar no coração dos pecadores, eles morrerão nas próprias iniquidades. Espero que, a partir deste momento, você ore: “Senhor, circuncida o coração deles para que eles te amem.” (Dt 30:6). E: “Pai, põe o teu Espírito dentro deles e os faça andar nos teus estatutos.” (Ez 36:27). Lembre-se de que terá que responder a Deus, caso não cumpra essa missão que Ele lhe confiou: “Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; se não o avisares, nem falares para avisar o ímpio acerca do seu mau caminho, a fim de salvares a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua iniquidade; mas o seu sangue, da tua mão o requererei.” (Ez 3:18)

            Deus queira abençoar-nos, para cumprirmos a missão que, por sua graça, nos confiou.

                Rev. Liberato Pereira dos Santos

 

 

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