Mateus 28:1-15
A professora pediu à
classe que escrevesse uma frase sobre: “O que a Páscoa significa para mim”. Vários
alunos escreveram: "Tempo de muito chocolate e de ganhar ovo de páscoa!"
Outros anotaram:” “É tempo do
coelhinho.” Lamentavelmente, não são somente as crianças que têm visão
equivocada dessa data, se perguntarmos a uma mãe, bem provável ouviremos: “que Páscoa
é tempo de comprar roupa nova.” Ou a qualquer pai: “Um bom feriado para
curtirmos com os amigos. O mundo substituiu o túmulo vazio por um ovo de
chocolate; o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, por um coelhinho; a celebração de
uma realidade espiritual por tempo de deleites materiais. Somente um cristão
conhecedor das Escrituras responderá: “A Páscoa é a Celebração simbólica da
ressurreição de Jesus Cristo, sua vitória sobre a morte.”
O texto supracitado
narra como Cristo se levantou ao terceiro dia, depois de sua morte, evento que
Ele havia anunciado frequentemente. No primeiro dia da semana, das trevas
brilhou a luz! Neste dia maravilhoso, a Luz do mundo saiu resplandecente da escuridão
do túmulo, tornou-se o tempo em que os cristãos celebram a vitória de Cristo
sobre a morte. Assim, a Páscoa para o discípulo de Jesus significa:
QUE ELE É O SENHOR – v.6 – O anjo no
túmulo disse às mulheres: “Ele não está aqui, porque já ressuscitou” (v.
6). Se a Páscoa constitui alguma coisa, denota que Jesus Cristo é o Senhor. Ele
tem autoridade sobre a vida, a morte e a salvação.
As
Escrituras enfatizam que Jesus realmente ressuscitou dos mortos. O apóstolo
Paulo declarou esse fato como a base de sua fé pessoal e listou como prova
muitas testemunhas oculares da ressurreição de Cristo (1 Coríntios 15:5-8). O
túmulo vazio convenceu os discípulos de Jesus de Seu senhorio, pois Ele foi
“declarado Filho de Deus com poder, pela ressurreição dos mortos” (Romanos
1:4). Se Seu corpo tivesse permanecido no jazigo da família de José de Arimateia,
outro profeta teria passado por aqui, mas não um Salvador.
A
mensagem da Páscoa é que Jesus está vivo. Cristo é nosso Senhor vivo. Ele é o
único que tem o poder de nos ressuscitar da “morte para a vida” (João 5:24).
Houve
grande tristeza, quando o corpo de Jesus foi levado da cruz para o túmulo. O
sinal parecia dizer: “Jesus Cristo foi derrotado”. Mas três dias depois a angústia
se dissipou e o anjo anunciou: “Jesus Cristo derrotou o inimigo, Ele está vivo.”
A
CERTEZA DA NOSSA RESSURREIÇÃO (v. 7).
Os primeiros visitantes da tumba foram instruídos: “Ide depressa e
contai a Seus discípulos” (v. 7). Os cristãos confusos precisavam saber,
não apenas para entender, mas também para lembrar que a ressurreição de Cristo
era inseparável da deles. “Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as
primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.” (1 Coríntios 15:23).Foi
a maneira como Paulo afirmou que a vitória de Jesus sobre a morte é também o
nosso triunfo. Para Bacon, “A expressão primícia
(aparche) é
um certo sentido de uma relação viva e vital entre
Cristo e o crente. Assim como a cabeça natural da raça humana era responsável
pela imposição da morte a todos os membros da família humana, também a
Cabeça do corpo de crentes transmite a ressurreição dos mortos àqueles
que aceitam a Cristo. Aqui não existe alusão a uma salvação para todos os
homens, pois toda a ideia do Cristo ressuscitado está dirigida aos crentes —
com a advertência de que a incredulidade pode levar à morte espiritual. Por
causa de Adão todos os homens se tornaram sujeitos à morte. Por causa de
Cristo, todos os homens que creem se tornam participantes da vida eterna.”
A VIDA TEM SENTIDO (v. 10). Às mulheres
adoradoras, o Cristo ressurreto disse: “ide dizer a meus irmãos que vão para a
Galileia; ali me verão” (v. 10). Jesus veio para trazer vida espiritual
abundante para todos os que creram (João 10:10). Sua ressurreição é tanto uma
promessa quanto uma provisão. Conhecer a Cristo pessoalmente significa ser
ressuscitado com Ele, Paulo afirma: “Fomos, pois, sepultados com ele pelo
batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela
glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se temos
sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente também o seremos na
semelhança da sua ressurreição.” (Rom. 6:4-5), e assim devemos viver com uma
moralidade mais elevada (Col. 3:10-17). Páscoa significa que o homem pode
tornar-se um filho de Deus por meio do poder da ressurreição de Cristo (2
Coríntios 5:17).
Pela desobediência do
homem, o pecado entrou no mundo. Um germe contagioso infectou a história
humana. O verdadeiro significado e propósito da vida foram pervertidos. Um
segundo Adão foi necessário para transformar essa tragédia em triunfo. A morte
e ressurreição de Cristo restaurou à humanidade caída, dando-lhe os meios para
redescobrir e cumprir o propósito da vida. O breve catecismo de Westminster, na
sua primeira pergunta afirma: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e
gozá-Lo para sempre.” O homem só desfrutará da vida plena quando crer na
vitória de Jesus Cristo sobre a morte e se render completamente ao seu senhorio.
Finalizo
com as palavras de William Hull, que bem expressa o significado do evento da
páscoa: “Começou com a vida em um útero vazio e terminou com a vida num túmulo
vazio. Ventre vazio, túmulo vazio – o que é isso, senão uma descrição do Deus
que cria coisas que são, a partir de coisas que não são e pode fazer coisas
mortas voltarem à vida.” Assim, celebremos a vida que triunfou sobre a morte.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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