Romanos 10:1-4
O
amor de Paulo pelo seu povo começa, como podemos verificar, com uma expressão
genuína e sincera de sua preocupação com a nação de Israel. Observe as palavras
do Apóstolo: “Irmãos, o desejo do meu coração e a minha oração a Deus pelos
israelitas é que eles sejam salvos.” (v.1) Isto deve soar familiar,
lembre-se de que, quando começou a falar sobre a escolha soberana de Deus na
eleição, o apóstolo expressou a mesma dor: “Digo a verdade em Cristo, não
minto; minha consciência o confirma no Espírito Santo: tenho grande tristeza e
constante angústia em meu coração. Pois eu até desejaria ser amaldiçoado e
separado de Cristo por amor de meus irmãos, os de minha raça,” (Rm 9:1-3)
Paulo
não era frio e indiferente ao fato de que Deus é soberano na eleição. Ele não
deixou que essa verdade o dissuadisse do evangelismo ou de orações apaixonadas
em favor dos não salvos. A soberania de Deus na eleição não era uma desculpa
para o Apóstolo ser preguiçoso ou indiferente ao seu chamado para propagar o
Evangelho. Nós devemos estar atentos e refletir sobre esse maravilhoso exemplo.
Penso
que aqui há mais do que um coração exemplar de Paulo para o evangelismo. Esse
relacionamento dele com seus compatriotas israelitas, podemos verificar quando escreve
à igreja em Corinto, veja a sua declaração: “São eles servos de Cristo? —
estou fora de mim para falar desta forma — eu ainda mais: trabalhei muito mais,
fui encarcerado mais vezes, fui açoitado mais severamente e exposto à morte
repetidas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites. Três
vezes fui golpeado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio,
passei uma noite e um dia exposto à fúria do mar. Estive continuamente viajando
de uma parte a outra, enfrentei perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos
dos meus compatriotas, perigos dos gentios; perigos na cidade, perigos no
deserto, perigos no mar, e perigos dos falsos irmãos. Trabalhei arduamente;
muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em
jejum; suportei frio e nudez.” (2Coríntios 11:23-30) Paulo sofreu muito
para anunciar a mensagem do evangelho, e a principal causa dos sofrimentos
foram os judeus. Quando Paulo pregou de sinagoga em sinagoga ao longo de todo o
Mediterrâneo, foi perseguido, acusado e agredido fisicamente pelos judeus,
ainda assim, o coração de Paulo em relação a eles era amoroso. Seu coração por
eles estava quebrantado, porque sabia que a fé dos israelitas estava fora de
lugar, e conhecia muito bem as consequências desse erro de julgamento.
O
Apóstolo não se alegrou por terem tropeçado naquela pedra de tropeço, para usar
sua frase de Romanos 9:23 “Que dizer, se ele fez isto para tornar conhecidas
as riquezas de sua glória aos vasos de sua misericórdia, que preparou de
antemão para glória,” Em vez disso, orou pelos israelitas. E, segundo
relatam as Escrituras, orou fervorosamente.
A
palavra usada para descrever as orações de Paulo é um termo de persistência e
súplica. Apesar de tudo que sofreu por meio das mãos deles, implorou,
literalmente, a Deus que incluísse os judeus em Seu plano soberano de salvação.
Não foi este o exemplo que Cristo deu ao morrer na cruz? Lembre-se da cena
descrita por Lucas: “Dois outros homens, ambos criminosos, também foram
levados com ele, para serem executados. Quando chegaram ao lugar chamado
Caveira, ali o crucificaram com os criminosos, um à sua direita e o outro à sua
esquerda. Jesus disse: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão
fazendo". Então eles dividiram as roupas dele, tirando sortes.” (Lucas
23:32-34) No auge da sua dor, no vértice do seu sofrimento, Cristo olhou para o
cruel soldado romano, que rasgava suas vestes humildes, os perversos fariseus
que gritavam maldições contra Ele, e orava para que eles fossem perdoados. Você
consegue vislumbrar tão grande amor? Eu tenho certeza de que cada um de nós já
foi injustiçado por outras pessoas, mas nenhum de nós se alegra pelo que sofre
como Paulo ou Cristo. Aprendamos com o exemplo deles, a perdoar àqueles que nos
ofendem. Pratiquemos a oração pela salvação dos incrédulos, que fazem nossas
vidas difíceis. Tenhamos a paixão de Paulo e de Cristo pelos perdidos.
Concluo
com as palavras do Rev. Hernandes Dias Lopes: “E qual o motivo que Paulo ora?
Para que os judeus sejam prósperos? Para que sejam libertados do jugo de Roma?
Para que se tornem os líderes do mundo? Não! Paulo ora para que eles sejam
salvos. As bênçãos temporais, embora importantes, não podem ser comparadas às
espirituais e eternas.” Neste momento histórico, continuemos orando sem cessar
pela salvação de Israel.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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