sábado, 10 de maio de 2025

A FÉ INABALÁVEL DE UMA MÃE QUE TRANSFORMA DESESPERO EM VITÓRIA 11.05.2025

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 Mateus 15.21-28

No texto em análise, encontramos uma mulher cujo nome não foi registrado, mas sua história ecoa pelos séculos como testemunho vivo do poder da fé materna. Residente em Tiro e Sidom, ela, ao saber que Jesus Cristo estava em sua cidade, buscou-o com fervor, demonstrando um coração que discernia as trevas que ameaçavam os seus e reconhecia o único Salvador capaz de libertá-los. Como Charles Spurgeon certa vez afirmou: “A fé descobre o invisível, crê no inaudível e realiza o impossível.” Foi essa fé, poderosa e despretensiosa, que norteou cada passo de sua determinação.

Ao chegar diante do Mestre, seu primeiro impulso foi clamar por misericórdia, usando o título “Filho de Davi” e depois “Senhor”, numa ascensão de súplica que desabrochou em adoração. Nesse gesto de humilhar-se aos pés de Jesus, vemos vivida a definição que Tim LaHaye dá à verdadeira humildade: “A verdadeira humildade não apenas reconhece o próprio nada, mas exalta imensamente a grandeza de Deus.” Prostrada, ela confessou não ter qualquer argumento próprio, a não ser o amor de Deus e a compaixão de Cristo para com os aflitos.

A fé que possuía não era apenas uma crença superficial; era o entendimento de que aquele Servo sofredor detinha poder para resgatar sua filha do jugo maligno. Ela já havia tentado outras “soluções”: mudança de bairro, recursos humanos, conselhos terrenos — mas, numa lucidez difícil de encontrar, compreendeu que apenas o Rei dos reis poderia operar a transformação definitiva. Por isso, desde o primeiro “Senhor, tem misericórdia de mim” até o momento em que se prostrou aos pés de Jesus, cada gesto escancarava a certeza de que a resposta viria.

No entanto, a fé verdadeira não se revela apenas na facilidade. Logo de início, ela enfrentou o desprezo dos discípulos, que consideravam seu clamor incômodo e queriam simplesmente mandá-la embora. Mesmo nesse revés, ela não se intimidou: mudou o semblante de súplice para adorador, mantendo-se firme diante do Senhor. A atitude de Jesus, que permaneceu em silêncio por um momento, pareceu um obstáculo adicional, mas a mãe não recuou. Aprendeu naquele instante que a ausência de resposta imediata não é sinal de negação, mas, muitas vezes, convite para aprofundar a confiança.

Quando Jesus finalmente falou, suas palavras soaram frias: “Não fui enviado senão às ovelhas perdidas de Israel” e, numa segunda investida, comparou o direito dos filhos ao pão com o dos cachorrinhos. Mesmo assim, a mãe achou graça no tom desafiante. Em vez de magoar-se ou imbuir-se de ira, ela converteu aquela barreira em combustível para sua fé. “Senhor, até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos,” respondeu, consciente de que, ainda que limitadas, as “migalhas” da graça divina seriam suficientes para realizar o impossível.

No ápice daquele diálogo tenso, Jesus exclamou: “Ó mulher, grande é a tua fé!” Foi o reconhecimento de uma confiança tão robusta que ultrapassou fronteiras étnicas, culturais e espirituais. Nem o silêncio pedagógico, nem o desprezo momentâneo, nem a objeção formal puderam deter a fé daquela mãe. Ao ouvir o elogio do Senhor, ela recebeu a promessa de que sua filha seria curada. E quando, com o coração repleto de esperança, regressou para casa, encontrou a menina livre do tormento que a possuía.

Na consumação desse milagre, vemos a ação de Cristo como o próprio rosto da misericórdia. John Piper nos lembra que “Cristo é mais misericordioso com os contritos de coração do que qualquer um de nós com nossos amigos”, pois Ele não apenas atende ao pedido, mas envolve o aflito em compaixão e restauração plenas. A libertação da filha não foi mera e súbita intervenção, mas expressão viva da bondade infinita do Salvador.

A transformação foi tão completa que, a despeito das dificuldades iniciais, a mãe pôde testemunhar diante de todos que a fé, quando ancorada na graça divina, não apenas atravessa tempestades, mas as converte em marcos de vitória. Sua história nos lembra que, muitas vezes, Deus permite o silêncio ou a resistência externa para despertar em nós uma fé capaz de mover montanhas.

A narrativa dessa mãe nos lembra de que Deus, às vezes, permite o silêncio ou a oposição externa para suscitar em nós uma fé capaz de mover montanhas. Que seu exemplo inspire todos os que sofrem, mostrando que obstáculo algum é forte o bastante para derrotar quem crê com ousadia. Quando a fé inabalável de uma mãe encontra o coração compassivo de Jesus, não há barreiras que separem o clamor da resposta. E, assim como naquela casa em Tiro e Sidom, milagres continuam a acontecer sempre que depositamos em Cristo nossa confiança mais plena.

Rev. Liberato Pereira dos Santos




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