sexta-feira, 14 de novembro de 2025

O DISCERNIMENTO ESPIRITUAL 16.11.2025

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Em um mundo de ruídos e informações contraditórias. Bombardeados por vozes que clamam por nossa atenção, prometendo sabedoria ou sucesso, discernir a verdade do erro, o bem do mal e a voz de Deus das inúmeras outras torna-se uma necessidade imperativa. Não é dom místico, mas habilidade vital para o crente, definido como "a arte de distinguir com precisão entre coisas que parecem similares". É a capacidade de ver além das aparências, de compreender a natureza das situações, pessoas e influências, à luz da verdade divina. A bússola que nos guia por meio das névoas da vida, permitindo-nos navegar com propósito e fidelidade ao Senhor.

Ao buscar discernimento, somos retidos por três obstáculos. O primeiro e mais insidioso é o engano interno. Jeremias 17:9 afirma: "O coração é mais enganoso que todas as coisas, e desesperadamente perverso; quem o conhecerá?" Nossas tendências, nosso coração e preferências podem obscurecer nossa compreensão da realidade e da vontade de Deus. O segundo é o engano externo, apresentado pelo mundo e pelos homens. Ideologias, modismos, pressões sociais e conselhos que podem nos levar na direção errada. Finalmente, o engano espiritual. Satanás, o “pai da mentira”, de maneira muito sutil, nos engana com seus ardis e dúvidas, a fim de nos manter afastados da verdade. Identificar essas barreiras é o primeiro passo para distinguir com clareza.

O discernimento é um prisma por meio do qual se vê a vida em toda a sua complexidade. É relevante para seis áreas de aplicação:

Escolhas morais: fazer a diferença entre o certo e o errado, mesmo em nuances que parecem "boas", mas que estão a uma distância dos princípios divinos;

Verdade intelectual: diferenciar o falso do verdadeiro. Como descrito em Atos 17:11, os bereanos examinavam as Escrituras todos os dias, exemplificando a busca pela verdade.

Motivações: distinguir entre nossa própria vontade e a de Deus. O exemplo de José em Gênesis 39 demonstra fidelidade diante das dificuldades em cumprir a vontade de Deus.

Julgar os outros: é comum percebermos as falhas dos outros ao nosso redor mais facilmente do que as nossas próprias. No entanto, este é um dos tipos mais discretos de autoengano. Criticamos os comportamentos dos outros que praticamos de maneira diferente, mas que são igualmente pecaminosos. O verdadeiro discernimento começa com a autorreferência tão honestamente quanto possível. Antes de identificar o cisco no olho de um irmão e mostrar o que pode parecer um pouco torto aos nossos olhos, precisamos ver a trave em nosso próprio olho. Não que não devamos corrigir ou advertir; no entanto, também devemos ser humildes, sabendo que somos pecadores a quem a graça alcançou, e assim devemos corrigir ou dar advertências.

Interpretação de Eventos: nem tudo o que nos acontece exige uma resposta espiritual imediata, mas não devemos subestimar as situações em que Deus está claramente agindo. Graças a Deus, o discernimento nos capacita a diferenciar entre eventos comuns e a ação divina providencial, que exige nossa atenção e entrega. Um encontro "coincidente" e "inesperado" pode não significar nada além de uma coincidência, mas pode ser uma oportunidade para o ministério ou a obra de Deus. Uma dificuldade financeira pode ser apenas resultado de má gestão ou um chamado ao arrependimento. Uma oportunidade de emprego pode ser mera circunstância ou direcionamento divino. A chave está em buscar sabedoria para reconhecer quando Deus está falando por meio das circunstâncias e quando estamos apenas lendo sinais onde não existem.

Influências Espirituais: É fundamental diferenciar o Espírito da verdade dos espíritos do erro. 1 João 4:1-6 nos orienta a examinar os espíritos. Os frutos do Espírito (Gálatas 5:22-23: amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio) são os que representam os verdadeiros desafios.

Como podemos efetivamente aprimorar essa habilidade fundamental? O discernimento é algo que é nutrido. Em seu cerne, precisamos de oração para trazer nossos corações de volta ao alinhamento com os propósitos de Deus. Em segundo lugar, devemos estar completamente imersos na Palavra de Deus; ela é o teste decisivo para tudo e a única verdade. Em terceiro lugar, o companheirismo com porções mais maduras é uma visão e a Igreja é conselho. Por último, mas não menos importante, vamos inspecionar tudo quanto à veracidade à luz do fruto do Espírito (Gálatas 5:22-23). Posicionamento caracterizado pelo Espírito Santo é permeado pelo amor, alegria, paz, paciência, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.

O discernimento espiritual é, portanto, uma necessidade imediata em um mundo que exige atenção e oferece “verdades”. É a armadura que nos impede de mentir e a lente que torna a realidade divina para Deus. Quando nos comprometemos com a Palavra, o Espírito Santo, a oração e o companheirismo, criamos uma imagem que diferencia o que é de Deus do que não é. Que o resto de nós seja humilde e vigilante em nosso esforço para buscar essa sabedoria e as vidas que vivemos para honrar a Verdade que é verdade.

Rev. Liberato Pereira dos Santos



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