sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

O INESTIMÁVEL VALOR DA PALAVRA DE DEUS 14.12.2025

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Salmo 19:10-14

            O Salmo 19 é uma das obras-primas poéticas da Escritura e nos convida a olhar para a glória de Deus, tanto na criação como na Sua Palavra. Enquanto os céus proclamam a grandeza de Deus, é na lei do Senhor que encontramos a revelação mais encontrada e transformadora de Sua vontade. Desta forma, o salmo nos ensina que a palavra de Deus não é apenas um amontoado de regras, mas a maior posse, a maior alegria, a maior proteção, a maior renda, a mais profunda investigação, a mais eficaz purificação, a mais ganha segurança e a mais honrosa apresentação que um ser humano pode ter. Como observou sabiamente João Calvino, "A Escritura é a escola do Espírito Santo, onde como nada é negligenciado que seja necessário ou útil a saber, assim nada é ensinado senão aquilo que é digno de ser sabido". O reconhecimento do valor intrínseco da Palavra é o primeiro passo para desfrutar de sua total suficiência em todos os aspectos da vida.

            Qual a sua maior posse? Para o salmista, a Palavra de Deus tinha maior valor que o ouro refinado e era mais doce que o mel, o que é feito pelas abelhas (Salmo 19:10).  Como disse o teólogo W. Graham Scroggie: "A Bíblia é a maior posse do homem."  Ela não é somente um livro, mas a voz de Deus, um tesouro incalculável que enriquece a alma de modo incomparável.  O Pastor George W. Truett, quando lhe perguntaram a respeito do segredo de seu ministério, apontou para sua velha Bíblia e disse: "Este livro é o segredo do meu sucesso".  Ele sabia que a verdadeira riqueza não estava nas coisas, mas na verdade eterna que a Palavra traz.

            Além de ser a maior posse, a Palavra de Deus oferece o maior prazer. O versículo 10 declara que ela é “mais doce do que o mel e o favo”. Em um mundo que busca prazer em fontes efêmeras e muitas vezes amargas, a doçura da Palavra é duradoura e satisfatória. Assim como um limão, que pode ser azedo por si só, mas se torna delicioso quando adoçado, a vida, com suas provações e desafios, encontra seu verdadeiro sabor e alegria quando é permeada e adoçada pela verdade divina. O prazer que ela proporciona não é superficial, mas profundo e transformador.

            A Palavra também se manifesta como a maior proteção. O Salmo 19:11 nos adverte que “por elas é advertido o teu servo”. Ela serve como um escudo contra os enganos do mundo e as ciladas do inimigo. Martinho Lutero, em sua luta contra as heresias de seu tempo, encontrou refúgio e força na Palavra, declarando que ela era sua “fortaleza inabalável”. Ela nos guarda do erro, da tentação e da destruição, oferecendo um guia seguro em meio às incertezas da vida.

            Consequentemente, a Palavra de Deus proporciona o maior lucro. O mesmo versículo 11 afirma que “em as guardar há grande recompensa”. Esta recompensa não é meramente externa ou material, mas uma transformação interna, um crescimento espiritual que resulta em paz, sabedoria e uma vida frutífera. O investimento na Palavra rende dividendos eternos, superando qualquer ganho terreno.

            A Palavra de Deus é, ainda, a maior investigação. O versículo 12 nos leva a uma introspecção profunda: “Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos que me são ocultos.” Ela age como um telescópio, permitindo-nos ver a imensidão da glória de Deus, mas trabalha também como um microscópio, mostrando os detalhes do nosso próprio coração. Assim como o salmo 139 nos mostra Deus nos conhecendo intimamente, as Escrituras Sagradas também nos permite ver claramente a nós mesmos, expondo as mazelas e os pecados que, de outro modo, permaneceriam ocultos.

            Essa investigação leva à maior purificação. Os “pecados ocultos” mencionados no versículo 12 são aqueles que nem mesmo nós percebemos. A Palavra, porém, tem o poder de expô-los e purificá-los. Alexander Smith disse: “A Bíblia é o único livro que, ao lê-lo, o autor está presente.” Sua presença viva e ativa é capaz de penetrar “até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4:12). Ela nos lava e santifica, conforme Efésios 5:26, “pelo lavar da água, pela palavra”.

            Além da purificação, a Palavra oferece a maior prevenção. O Salmo 19:13 clama: “Também do pecado de presunção guarda o teu servo, para que não se assenhoreie de mim”. Os pecados presunçosos são aqueles cometidos com arrogância e deliberada desobediência. A Palavra nos equipa com discernimento e força para resistir a tais tentações, mantendo-nos humildes e dependentes de Deus, evitando que o pecado nos domine.

            Finalmente, a Palavra de Deus nos prepara para a maior apresentação. O versículo quatorze termina com a seguinte oração: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!” É por meio da meditação e obediência à Palavra que nossas vidas, pensamentos e palavras se tornam aceitáveis perante Deus. Ela nos molda para que possamos nos apresentar diante do Criador com integridade e devoção, confiando em Sua rocha e redenção.

            Em suma, a Palavra de Deus é o alicerce sobre o qual a vida cristã deve ser construída. Ela é a fonte inesgotável de verdade, alegria, segurança e santidade. Que possamos, portanto, desejar a Palavra mais do que o ouro, e encontrá-la mais doce do que o mel. Que ela seja a nossa bússola, nosso espelho e nosso alimento diário. Que as palavras de nossa boca e a meditação de nosso coração sejam sempre agradáveis a Ti, Senhor, nossa Rocha e nosso Redentor, por meio da Tua santa e suficiente Palavra.

               Rev. Liberato Pereira dos Santos



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