sexta-feira, 29 de julho de 2022

CULTO À CELEBRIDADE 31.07.2022

+ No comment yet


1 Coríntios 3:18-4:5

            Na igreja de Corinto, como nos nossos dias, os seus membros gastavam muita energia colocando certos líderes em pedestais, alinhando-se a eles sob alegação de que eram superiores aos demais. No início do capítulo, Paulo instrui os coríntios de que tal comportamento é infantil, demonstra imaturidade.

            Nos versículos, cinco a dezessete, do capítulo três, o apóstolo esclarece o que é um líder: um ministro e despenseiro (encarregado da despensa) de Deus, o qual deve cumprir as atribuições do Mestre, igual a todos, e sem glória, pois tudo pertence a Jesus Cristo. Seu valor é baseado em sua capacidade de seguir fielmente as orientações do Senhor, manejando bem as Escrituras Sagradas para edificar os crentes, em vez de valores carnais e mundanos. Aqueles que tentam construir sobre o evangelho e não se alinham a nenhum outro pensamento que não seja a sã doutrina. W. W. Wiersbe comentando sobre essa passagem afirmou: “O verdadeiro pastor é um servo. Ele tem de ter a mente de servo (Fp 2), pôr Cristo em primeiro lugar, os outros em segundo e a si mesmo em último lugar.” Nem sempre é fácil fazer isso! Devemos orar por nossos líderes espirituais para que Deus lhes dê graça e força para serem servos dos outros.

No restante do capítulo três e início do quarto, ele expõe duas ideias que devemos considerá-las: Utilizar o pensamento e teorias mundanas para explicar Deus é tolice; os líderes não devem e não podem ser julgados pela aparência (um valor mundano), mas serão julgados pelo Senhor quando Ele voltar.

            Os coríntios utilizavam de métodos derivados da cultura ao seu redor para determinar quem era um bom líder, e, assim, melhor do que o outro. Aquele que pregava um sermão com eloquência, era considerado bom. Na cultura de celebridade hoje, muitas vezes é assim que também julgamos um ministério ou um pastor. Paulo instrui que devemos abdicar desses métodos, pois é tolice ficar exaltando um pastor em detrimento de outro. (vv.21-23) Realmente é indelicado comparar líderes dessa maneira, porque todos nós pertencemos a Jesus Cristo, líderes e discípulos. Não podemos olhar para a eloquência de um líder em particular, em relação a outro, como se o caminho um bom orador fosse melhor do que o do outro. Devemos, sim, atentar se o pregador está ensinando bem a Palavra de Deus.

            No início do capítulo quatro, Paulo nos orienta como devemos observar os líderes. Um pastor não deve ser julgado pela quantidade de títulos, que obteve por meio de seu ministério, mas por quão fiel ele é em obedecer às ordens de Deus. Interessante que no original ele usa uma palavra diferente para servo, aqui. Em nossa língua, pode ser traduzida como “sub-remador”. Muito interessante isso! Se um remador decidisse ter um tempo diferente em sua braçada, os outros remadores ficariam confusos e o barco pararia. Geralmente nas igrejas, as pessoas pensam que um barco avança pelo trabalho de uma só pessoa, o líder. Todos nós estamos trabalhando na obra de Deus, na qual cada um tem a sua função, mas nenhum é maior do que o outro e precisamos trabalhar juntos.

            Muitos pastores e líderes têm dificuldade em lidar com o sucesso e as honrarias do ministério, bem como os membros têm problemas em tratar os pastores como mensageiros e membros da equipe, sem exaltá-los acima do seu chamado. Isso ocorre devido a nossa cultura de celebridade, algo também presente nos tempos de Paulo. Estamos tão acostumados a exaltar o homem que ele pode realmente começar a pensar em usurpar o lugar de Deus. O perigo disso é que, quanto mais admiramos um líder, mais estaremos propensos a acreditar que tudo o que ele fala está correto, mesmo que não seja verdade. Assim, não devemos colocar líderes em pedestais.

            No versículo três, Paulo diz não estar preocupado naquilo que as pessoas pensam: se ele é ou não um bom líder. Com isso, o apóstolo não se mostra irresponsável, mas está realçando que o Senhor é aquele diante de quem irá comparecer para prestar conta (no Tribunal de Cristo, II Co 5:10). Deus conhece as motivações de um homem. Assim, um ministro vaidoso e popular pode ver seu trabalho queimar devido às suas motivações e ensinos errados, enquanto outro que opera no anonimato e simplicidade terá o seu trabalho aprovado, embora julgado como fraco e inferior, embora estivesse seguindo firmemente as ordens do Senhor.

            Você já ouviu essa velha expressão: “Nunca julgue um vinho antes do tempo”, podemos aplicá-la na vida da liderança, nunca julgue um líder antes do tempo. Quando Jesus voltar, Ele revelará tudo o que estava escondido por detrás do manto do homem ou da mulher, então, e só então, tudo será conhecido.

            Diante disto, realmente nada nos ajuda utilizar os ensinos e pensamentos do mundo de como chegar a Deus, bem como seus critérios para medir a grandeza de um líder. Então, o que fazer para saber se um pastor merece confiança ou não? Procure examinar o seu caráter, palavras e ações. Se os seus ensinos estão alinhados às Sagradas Escrituras e os frutos de acordo com a aspiração de um forte caráter semelhante a Cristo.  

          Rev. Liberato Pereira dos Santos

 

 

 

ATENÇÃO

Disponibilizamos  o boletim informativo da IPBN, a fim de que você fique por dentro daquilo que Deus está fazendo em/através da nossa comunidade. Boa leitura. Click no link abaixo e faça o download: https://mega.nz/file/1IYkkJRb#RhitzH7v6gVRq3P65ToOKrUgekriUPACq9wA2wD12zc

 

Postar um comentário