sexta-feira, 26 de agosto de 2022

O CRISTÃO E A POLÍTICA 28.08.2022

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O cristão é um cidadão, que tem direitos e deveres perante a nação, portanto ele tem um papel relevante no Estado. Na verdade, a Bíblia, nossa regra de fé e prática, aborda a atuação de muitos servos de Deus na política. O governo é um assunto, que os escritores bíblicos frequentemente falaram. As Escrituras Sagradas relatam sobre o papel dos governantes e como devemos responder-lhes, e muitas das nossas leis foram extraídas da Bíblia. O apóstolo Pedro, em sua primeira epístola, nos diz que devemos submeter-nos às autoridades governamentais (I Pd 2:13), e Paulo, na epístola aos Romanos, afirma que elas são constituídas por Deus (Rm 13:1). Na carta a Timóteo, ele nos exorta a orar por aqueles que exercem autoridade. (I Tm 2:1). Então, é correto dizer que os cristãos devem preocupar-se com a política, uma vez que Deus também tem o comando sobre ela.

Acredito ser de sumo valor que os cristãos estejam devidamente preparados para se envolver com sabedoria no processo eletivo. Necessitamos preocupar-nos com as eleições dos nossos representantes, pois a eles entregamos a responsabilidade de decidirem no tocante as nossas liberdades teremos, bem como às medidas para atender as necessidades públicas da nação. Mas, como nós, cristãos, temos interagido com a política? O que a Bíblia diz sobre questões relacionadas a isso? Vivemos num momento crítico da história do nosso país, torna-se essencial cada um se informar, refletir e ver qual o nosso encargo nessa questão sobremodo importante, e não simplesmente nos omitir ou lavar as mãos, como Pilatos.

Não quero, não devo e não pretendo de modo algum promover nenhum candidato específico para as eleições, até porque penso que não é esse o papel da Igreja e do líder espiritual determinar ou influenciar diretamente em quem os cristãos devem escolher, pois vivemos no sistema de democracia, em que nos é dada a liberdade de expressar nossa opinião. Todos nós seremos levados a votar por diferentes razões, mas espero que você não tenha a mentalidade de que política, voto e vida cristã não se misturam. Desejo que sua fé, convicção de justiça, honestidade e bom senso entrem em ação, em sua tomada de decisão durante a votação, e em qualquer outra decisão que você tenha que tomar, presentes as orientações e ensinos da Palavra de Deus. Não tenho dúvida de que a igreja deve oferecer à nação os melhores eleitores, bem como os mais qualificados candidatos políticos. O seu papel é instruir os eleitos de Deus a viverem segundo os princípios das Sagradas Escrituras em todas as dimensões da vida.

Fala-se muito no mundo de hoje sobre a ideia de separação entre Igreja e Estado. Vemos que esta questão é bem debatida. Os tribunais estão votando para remover os símbolos religiosos dos locais públicos, as orações nas escolas públicas e outras ações. Tudo feito sob a ideia de manter a igreja e o estado separados. Penso que a laicidade é de grande valia, e ela não é empecilho para a igreja cristã cumprir o seu papel. Como cidadãos devemos lutar para que cada um tenha o direito assegurado para o exercício sua fé, por isso o extremo cuidado na escolha dos nossos governantes é fundamental.

A melhor maneira que podemos, como igreja, fazer em relação a isso é afetar o estado não por protestos violentos ou por militância partidária, mas pregando o evangelho, que é o poder de Deus para a transformação das pessoas. Se alcançarmos os indivíduos, as leis mudarão. Um cristão genuinamente convertido contribuirá para a sua nação, sem sombra de dúvida, ele será um excelente eleitor, e caso, seja chamado para exercer o seu mandato cultural em cargos públicos desempenhará com justiça e retidão a função. A principal responsabilidade que temos para com o país e governo é mostrar a Cristo, que pode transformar os corações e, por meio dessa mudança, as leis e ações governamentais se tornarão mais justas e promoverão o bem da população. Infelizmente, neste ponto, temos falhado como igreja. Confundimos o Evangelho com as ideologias e a proclamação do evangelho com militância partidária.

Quando votamos, como cristãos, temos o dever de não sermos ignorantes. Nossa obrigação é não eleger alguém só porque é filiado a esse ou aquele partido ou é assim que sempre votamos. Necessitamos levar a sério quem escolher, porque os eleitos têm um impacto em nossa sociedade. O escritor cristão James Dobson, afirma: “As leis de uma nação têm uma influência significativa no clima moral da nação, para o bem ou para o mal. Isso ocorre, porque as leis podem restringir o mal ou encorajá-lo e ainda têm a função de ensino, pois sugerem as pessoas acerca do que um governo pensa ser conduta certa e errada.” Assim procure exercer seu dever com responsabilidade e zelo.

No processo eleitoral não podemos, como cristãos, nos deixar ser levados pela violência, discurso de ódio e romper nossos relacionamentos com as pessoas por causa das suas opções. A prudência e sabedoria são virtudes inerentes àqueles que nasceram de novo. Deixe a Palavra de Deus ser seu guia em todas as coisas que você faz. Lembre-se de que somos cidadãos do Reino de Deus primeiro, e brasileiros depois. Oremos para que Deus conduza esse momento do nosso país, e todo o processo transcorra em paz.

Rev. Liberato Pereira dos Santos

 

 

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