sexta-feira, 19 de agosto de 2022

UM CORAÇÃO MISSIONÁRIO 21.08.2022

+ No comment yet

 



Atos 11:23-30

            Missão é ajudar uns aos outros a viver uma vida saudável e abençoada. Sua ação principal é apresentar Cristo como Salvador a alguém e ajudá-lo a viver com toda a suficiência, superando suas crises emocionais, financeiras e físicas, ou seja, missão integral. No texto supracitado, podemos contemplar o belíssimo exemplo de Barnabé e dos primeiros cristãos, que possuíam corações missionários.

            Ele era fiel ao Senhor – v.23. Um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Levou muitas pessoas ao Senhor. Possuía simpatia (At 4:36-37), mente aberta (At 9:26-27), espírito de exortação ( At 11:23) e era digno de confiança (At 11:29-30). Adaptou-se bem ao trabalho missionário (At 13:2) e desenvolveu um ministério de autossustento (I Co 9:6). Foi grandemente usado como instrumento pelas igrejas de Jerusalém e Antioquia.

            Nos versículos, observamos a evidência da graça de Deus nas vidas dos discípulos, apesar dos tempos difíceis de perseguição que a igreja vivia. Eles eram ridicularizados, espancados e ameaçados pelas autoridades. As pessoas viviam com medo dos governantes. Alguns até negavam sua fé e abandonavam a verdade, todavia, mesmo diante de tal situação, Barnabé viu a graça de Deus. Ele contemplou a qualidade invisível nas pessoas. Não podemos ver a brisa, a gravidade, mas podemos entendê-las e senti-las. Onde está a graça de Deus, a virtude supera o vício, a santidade substitui a maldade, o mentiroso se torna verdadeiro, o blasfemador se torna reverente, o cruel se transforma em misericordioso, o egoísta se manifesta altruísta. A graça de Deus transforma o leão da violência e do vício no cordeiro da inocência e da retidão.

            Barnabé os ensinou a permanecerem fiéis ao Senhor de todo o coração. V.23b. O “coração” é uma coisa estranha! É como uma máquina muito complicada, que carrega dentro de si poderes tremendos. Se eles forem deixados atuar livremente, sem governo, sem direção, a miséria será incalculável. Por isso, Barnabé os chama para continuarem em união com Cristo, a serem fiéis em guardar Sua verdade, e obedientes na prática. Isso sugere que um coração firme, resoluto, depois de uma alegria inicial e excitação em se tornar um cristão, pode diminuir o ânimo de repente (Mt 13:21). Assim, o empenho deve ser constante e diligente em nossos corações para sermos leais e ficarmos perto de Cristo (Pv 4:23). Só assim as tentações de uma sociedade moralmente má serão superadas. O brilho do primeiro amor deve ser revivido e permanecer.

            Os discípulos chamados cristãos – Vv 25-26, Os Platônicos e Socráticos traziam os nomes dos seus mestres Platão e Sócrates, conforme praxe no mundo grego e, portanto, os discípulos passaram a ser chamados de cristãos. O nome lhes foi dado por causa de seus comportamentos e ações idênticas aos de Cristo. Em todos os atos e personalidade refletiam o seu mestre. Eles estudavam seus ensinamentos regularmente e seguiam suas doutrinas.

            Nós O recebemos como Líder escolhido, o autor da salvação e a fonte de alegrias e bênçãos. Isso nos une a todos, um nome acima de todos os nomes, que nos unifica num só povo. Pessoas de todas as nações, tribos e línguas são ligadas pelo sangue de Cristo.  

            Ajudavam de acordo com a capacidade – Vv 29-30 - Os primeiros cristãos praticavam a missão integral, ajudando uns aos outros nas suas necessidades. O historiador Flávio Josefo nos informa que muitos judeus morreram de fome, e Jerusalém estava em carência. Os discípulos decidiram que ajudariam de acordo com sua capacidade, força e riqueza. Eles foram ensinados a contribuir proporcionalmente. “Conforme a suas posses” significa de acordo com a prosperidade, posto, profissão, padrão espiritual e maturidade. Cada homem, segundo suas condições, rico ou pobre, senhor ou servo, tendo ou não, tomou atitude e todos contribuíram com aquilo que possuíam.

            Ajudar os pobres, atender às necessidades temporais uns dos outros são ensinos repetidamente reforçados no N. T (Rm 15:25-27; II Co 16:1-2; II Co 9:1-2; Gl 2:10). A beleza dessas passagens é que os cristãos gentios estenderam sua assistência financeira aos cristãos judeus. A igreja filha ajudando a comunidade mãe. Quando recebemos as bênçãos espirituais, também devemos compartilhá-las uns com os outros (Rm 15:26:27).

            Ajudar as pessoas necessitadas faz parte da mensagem do Evangelho, que recebemos e desfrutamos. Dar é uma medida de nosso amor e devoção ao nosso Pai celestial. É a manifestação da verdadeira experiência de conversão. Uma recepção experimental do evangelho, que produz uma disposição benevolente. Não podemos fazer missões ignorando as necessidades daqueles que estão sofrendo ao nosso lado.

            Levando-se em consideração o exemplo dos primeiros cristãos, devemos realizar a nossa missão com firmeza de fé, mantendo a nossa identificação com Cristo e dispostos a suprir as necessidades uns dos outros pela prática da nossa generosidade. 

            Rev. Liberato Pereira dos Santos

 

 

ATENÇÃO

Disponibilizamos  o boletim informativo da IPBN, a fim de que você fique por dentro daquilo que Deus está fazendo em/através da nossa comunidade. Boa leitura. Click no link abaixo e faça o download: https://mega.nz/file/xNAEQALb#XdGRYoUN5j7CfaX1wXvrlcqrOt7Fl1VFZAe3YNpPw8g

 

           

Postar um comentário