Lucas 6:27-36
Vivemos
numa sociedade cada vez mais egoísta, violenta e insensível, por isso temos um
grande desafio pela frente: aprender a desenvolver relacionamentos saudáveis.
Não temos outro caminho senão conduzir nossas atitudes nos fundamentos da
Palavra de Deus. Ela nos orienta:
Sobre nossa
responsabilidade de amar uns aos outros. Isso não é um desejo, mas uma ordem do próprio
Cristo. Ele nos diz: “Amem-se uns aos outros como eu os amei.” (Jo
15:12). É fundamental saber que isso não significa amarmos apenas aqueles de
que gostamos. Todos nós temos pessoas com que, naturalmente, nos damos melhor,
mas o mandamento de Cristo é que amemos até nossos inimigos. Devemos seguir o
exemplo de nosso Senhor, que foi amoroso com aqueles que foram ou são
indelicados e odiosos com Ele.
Não
tenho dúvida de que é impossível obedecermos ao mandamento sem o poder de Cristo
em nós. O primeiro e mais importante mandamento nas Escrituras é amar o Senhor nosso
Deus com todo o nosso coração, mente, alma e força. É esse relacionamento de
amor com o Senhor que nos capacita a amar as outras pessoas. Somos equipados
para o cumprimento disso, quando temos Deus como o Senhor da nossa vida, assim
nossa força vem do nosso relacionamento de amor com o Senhor. Quando amamos
completamente ao Senhor, então começaremos a ver as pessoas da maneira com Deus
as vê.
Há
uma batalha travada em cada cristão, entre a velha natureza pecaminosa e o
Espírito Santo, que está nele. A velha natureza não entende o tipo de amor, que
Jesus nos orienta no texto supracitado. O mundo decaído conhece um amor egoísta
e superficial. Mas, quando conhecemos Deus, começamos a vivenciar o amor
“ágape”. Iniciamos a perceber que Deus ama as pessoas que não O amam. Ao
submetermos nossas vidas e nossos corações ao Senhor, Ele pode desenvolver esse
tipo de amor “ágape” em nossos corações por outras pessoas.
Li
uma frase muito interessante: “Temos a responsabilidade de tratar os outros de
forma redentora.” Isso significa que devemos considerar os outros com o mesmo
tipo de graça, que Deus nos oferece. A palavra “GRAÇA” significa “favor
imerecido”. A regra que nos deve guiar em nossos comportamentos para com os
outros está expressa por Jesus: “Como vocês querem que os outros lhes façam,
façam também vocês a eles.” (Lc 6:31) Você deseja que as pessoas fofoquem sobre
você? Obvio que não. Espera que as pessoas sejam rudes com você? Evidente que não.
Então, não trate os outros da mesma forma. Quando
as pessoas nos ferem, sentimos o desejo de vingança, mas não é para isso que
fomos chamados. Palavras e ações de raiva muitas vezes levam a mais ira e
ampliam os conflitos.
Devemos
abençoar aqueles que nos amaldiçoam. Existem três verbos no grego para
descrever abençoar. O verbo usado no nosso texto é “eulogeo”, de que obtemos a
palavra elogio. Literalmente, significa falar bem de uma pessoa ou desejar-lhe
uma bênção. Tem o sentido de que devemos procurar usar nossas palavras para
encorajar e edificar outras pessoas. Encontrar algo de bom para dizer sobre os
outros. Todas as pessoas gostam de ouvir uma boa palavra sobre si mesmas. Isso as
fazem se sentir apreciadas e cuidadas.
Não
devemos fazer isso apenas às pessoas de que gostamos. A ordem aqui é para fazer
isso com aquelas que nos “amaldiçoam”. A palavra “maldição” significa desejar o
mal para outra pessoa. Este não é apenas um indivíduo, que não se importa com
você, mas alguém que o odeia.
Em
Romanos 12:17, Paulo apresenta alguns pontos importante sobre esta questão. Ensina-nos
a amar as pessoas com sinceridade, não restituir o mal com o mal e fazer o
máximo para viver em paz com todas as pessoas. Às vezes, pode não ser possível
viver em paz com alguém que não gosta da gente ou com quem não temos um bom
convívio. Mas somos responsáveis por tentar fazer nossa parte para curar o
relacionamento. Não tenho dúvida de que Deus espera que façamos tudo que for
possível para viver em paz com todos. Algumas pessoas podem não gostar de nós
por algum motivo e até nos odiar, mas não devemos adicionar combustível ao seu
fogo, procuremos fazer o que pudermos para reconciliar e, em seguida:
Orar
por aqueles que nos maltratam. (Mt 5:44) Creio que você se lembra daquilo
que Jesus fez quando foi crucificado no Calvário. Ele orou ao Pai, suplicando
pelo perdão para os soldados e a multidão que O pregaram na cruz. (Lc 23:34)
Alguém já disse que o passo inicial para curar um relacionamento é orar pelo
ofensor.
Estes
são alguns princípios que devemos ponderar visando edificar um convívio saudável
com os outros. Algumas pessoas podem não gostar de nós, ou não se dar bem
conosco. Porém temos o dever de amá-los, abençoá-los e orar por eles. Quer uma
pessoa goste de nós ou não, Deus nos ama igualmente, por isso, temos o dever de
transmitir esse amor do Pai para ela.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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