Salmo 33:12;1 Pedro 2:9-10
A
expressão “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”, do Salmo trinta e três,
refere-se, sem sombra de dúvida, ao povo de Israel, a nação com a qual Deus fez
um pacto no Antigo Testamento, quando chamou Abraão de Ur dos Caldeus. Alguns
ensinam que Deus tem um plano separado para Israel e a Igreja. Outros afirmam
que a Igreja substituiu a nação de Israel, e Ele não fará nada de significativo
em ou por meio de Israel, novamente. Ainda existem aqueles, em que me incluo, os
quais afirmam que a igreja é o cumprimento do plano de Deus, e ela será o Seu instrumento
para trazer a nação de Israel de volta para Ele. Nessa perspectiva, entendo que
a declaração não se aplica a nenhuma nação geopolítica, somente ao povo de
Israel, que foi escolhido pelo próprio Deus.
Seguindo
a linha de pensamento do apóstolo Pedro, a Igreja, hoje, é a nação escolhida de
Deus, como Israel no A.T. Assim somente a Igreja, o povo escolhido por Deus, se
renderá completamente ao Seu senhorio. É compreensível então, que ao falar de
como Deus vê sua igreja, Pedro se refira a ela como sendo a “Nação Escolhida.”
Há duas coisas que ele deseja que entendamos:
1
- A posição da igreja diante de Deus – (IPe 2:9) –
a. Somos um povo escolhido – “Pois muitos são chamados, mas poucos são
escolhidos.” (Mt 22:14). Jesus afirmou que toda pessoa que entregou sua
vida a Ele é escolhida por Deus. Mas também declarou que muitos outros foram
convidados a desenvolver um relacionamento pessoal com Ele. Quantos? Todos (II
Pd 3:9)! No entanto nem todos os convidados optaram por aceitar. Somente
aqueles que fizeram a escolha de aceitar o convite de Deus por meio da fé em
Cristo são os escolhidos. Creio que essa verdade era válida, até mesmo para os
israelitas do Antigo Testamento: “Nem todos os israelitas da carne eram
israelitas do espírito.” (Rm 9:6).
Aprecio
as palavras do escritor Rick Warrem sobre o propósito dessa escolha: “Não é
sobre você. O propósito de sua vida é muito maior do que sua própria realização
pessoal, sua paz de espírito ou até mesmo sua felicidade. É muito maior do que
sua família, sua carreira ou até mesmo seus sonhos e ambições mais loucos. Se
quer saber por que foi colocado neste planeta, você deve começar com Deus. Você nasceu pelo desígnio
dEle e para o Seu propósito.”
b.
Sacerdócio real – Pela fé em
Cristo, fomos introduzidos na família real de Deus, que é uma família de
realeza sacerdotal. “… pois foste
morto, e com teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo
e nação. Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles
reinarão sobre a terra". (Apoc 5:9-10) . A realeza fala de nossa autoridade
e de sermos sacerdotes, do nosso dever. Somos
chamados e comissionados por Deus para ministrar em Seu nome.
c.
Uma Nação Santa - Ser santo
significa: separado, dedicado a Deus. A nossa conduta deve ser dirigida, não pelos
princípios refletidos nos caminhos deste mundo decaído, mas pelas veredas do
reino de Deus. Paulo nos lembra que a “nossa cidadania está nos céus.” (Fp
3:20). Quando o Rei tem domínio sobre nós, isso afeta todas as áreas: nosso
pensamento, saúde, bens, famílias e relacionamentos. Ele nos dá um novo
propósito na vida e o poder para realizá-lo, assim podemos experimentar a vida “na
terra como no céu.”
d.
Um povo particular – Sobre este
ponto, o Rev. Hernandes Dias Lopes afirma: “Ao longo dos séculos, Deus tem
tomado para si o seu próprio povo. Esse povo, diferente de todas as nações do
mundo, é um bem precioso para Deus, a herança de Deus. Existe independentemente
de laços nacionais, pois tem um relacionamento especial com Deus. Ele pertence
a Deus, que o comprou com o sangue de Jesus Cristo.” Devemos ser consagrados em
nossa caminhada com Deus.
2.
O propósito da igreja no mundo – v. 9b-10 – A igreja foi escolhida para dar
glória a Deus pelo que Ele tem feito em nossas vidas! Como podemos efetivamente
viver vidas que glorifiquem a Deus e atraiam outros a Ele? Pedro nos apresenta
dois pontos importantes: a. Quem somos em Cristo – “… vós, sim, que,
antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus.” Isso fala de
identidade, que servirá para nos dar coragem de anunciar aos outros as verdades do Reino de
Deus. b. Quem somos sem Cristo - “que não tínheis alcançado
misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia.” Isso fala de humildade
que servirá para nos dar compaixão ao compartilharmos com os outros o
evangelho. À medida que seguimos nossas vidas repartindo corajosamente e
compassivamente com os outros a diferença que Cristo fez em nós e aquilo que
Ele pode fazer por eles, Deus nos pode
usar para atrair outras pessoas a um relacionamento pessoal com Ele.
Desta
forma, podemos ser como Jesus que viveu com um forte senso de identidade,
sabendo quem Ele era e quem O capacitava a transmitir decidido e confiadamente a mensagem do Pai.
Ele também viveu um forte senso de humildade, submetendo-se diariamente à
vontade do Pai e, eventualmente à cruz. Consequentemente, no final de sua vida,
Jesus pode dizer: “Eu te glorifiquei na terra, completando a obra que me deste
para fazer.” – (Jo17:4).
Rev. Liberato Pereira dos Santos
ATENÇÃO
Disponibilizamos o boletim informativo da IPBN, a fim de que você fique por dentro daquilo que Deus está fazendo em/através da nossa comunidade. Boa leitura. Click no link abaixo e faça o download:https://mega.nz/file/NNpyRaDA#8gO-jaTIvbafjmW1R7mlvY-5PByft9Huy3Qt2uzNaUw
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