Salmos 85
Nos
últimos dias, ouvimos notícias do Culto na Universidade de Asbury, nos Estados
Unidos, que já dura alguns dias. Muitos o têm chamado de um avivamento. Não
pretendo opinar sobre o evento em si, mas mostrar que, de fato, necessitamos
urgentemente de um reavivamento.
Este deve ser o clamor
de todo filho de Deus. A necessidade de um reviver pressupõe a existência de um
período de declínio espiritual. Sugere que a chama da fé está apagando-se. A
paixão espiritual tornou-se sem brilho. O primeiro amor esfriou. A adoração apresenta-se
mecânica, fria e sem fervor. Os bancos dos templos estão cheios de cristãos impiedosos.
As pessoas são inundadas pela complacência com o pecado e presas pelos cadeados
da religiosidade. Outras são membros de igrejas, apenas no rol, mas não tem nenhum
compromisso com Deus e o Seu Reino. Todo esse e outros fatores são indicadores
de que precisamos de um mover sobrenatural do Senhor.
Mas o que é um
avivamento? Não são gritos no ajuntamento. Não é uma semana ou dois dias
reservados para um culto. Não é uma ocorrência anual, nem momentos para os
chamados bons cristãos massagearem os egos. É algo essencialmente para o povo
de Deus. A palavra "reviver" é derivada de um significado latino: “viver
de novo”. Não é somente um estado de elevado contentamento, mas também de
profundas mudanças interiores. Reacender um fogo quase apagado. É óbvio, o
termo só se aplica ao que já teve vida. Algo que nunca viveu não pode ser
revivido.
Alguns teólogos definem
avivamento como: “A visitação vivificante de Deus ao Seu povo, tocando seus
corações e aprofundando Suas obras de graça em suas vidas.” (J. Packer) “Tempo
extraordinário de interesse pelas coisas do Reino de Deus.” (Robert Baird) “Ato
soberano de Deus, no qual Ele restaura Seu próprio povo apóstata, por meio do
arrependimento, fé e obediência.” (Stephen Olford) “Tempo de refrigério na
presença do Senhor.” (Edwin Orr) “O despertar ou impulsionar do povo de Deus
para seu verdadeiro propósito.” (Robert Coleman) “Um movimento extraordinário
do Espírito Santo produzindo resultados extraordinários.” (Richard Roberts) “O
retorno da igreja de seus retrocessos e a conversão dos pecadores.” (Charles
Finney) “É desfrutar, como outrora, da intimidade de Deus. É ficar entusiasmado
com o privilégio de reunir-se com o povo de Deus, para adorar aquele que é
digno. Avivamento não é inovação, é volta” ( Hernandes Dias Lopes) Finalmente,
Duncan Campbell o chama de uma comunidade saturada de Deus.
No
salmo supracitado, os filhos de Corá revelam que o reavivamento é uma questão
premente, por isso clamam: “Acaso não nos renovarás a vida, a fim de que o teu
povo se alegre em ti?” Em oração, manifestaram um desejo ardente e inclusivo. Eles
têm a convicção de que somente Deus pode realizar esta grandiosa obra. Penso
como Ray Ortlund, quando escreveu em seu livro, Quando Deus vem à Sua igreja: “Reavivamento
é a época da vida da igreja em que Deus faz com que o ministério normal do
evangelho surja com extraordinário poder espiritual. O avivamento é sazonal,
não perene. Deus o causa, não nós. É o ministério normal do evangelho, não algo
excêntrico ou mesmo diferente do que a igreja sempre é incumbida de fazer. O
que diferencia o avivamento é simplesmente que nossos esforços habituais
aceleram grandemente em seus efeitos espirituais. Deus aperta o botão de avanço
rápido. E essa bênção se derrama da igreja para inundar as nações com uma
reunião de muitos novos convertidos”.
O verdadeiro avivamento
produzirá resultados na proporção bíblica. Deus manifestará a Sua presença,
expondo o pecado oculto do Seu povo. Os desviados se arrependem. Os homens
reconhecem a soberania de Deus. Transformará uma igreja fria e apática num
acampamento de soldados valentes e destemidos. Trará nutrição e estímulo ao
espírito sem vigor, levando-o a usar seus dons e talentos para a glória do
Senhor, despertando-lhe para uma paixão
desmedida pelas almas perdidas. John Armstrong afirma que o reavivamento levará
a uma consciência da presença de Deus, uma prontidão incomum para ouvi-Lo,
profunda convicção sobre o próprio pecado e um arrependimento sincero,
manifestando uma preocupação extraordinária com os outros.
Você está sentindo-se sem vigor e
seco? Ore o Salmo 85. Medite nele pela manhã e à noite. Afinal, Deus provou que
não deixará tal oração sem resposta. Como Ele provou isso? Mostrando, na
plenitude dos tempos, exatamente como “justiça e paz” iriam “se beijar” (v.
10). Ele enviou Jesus Cristo, Seu único Filho, para satisfazer os justos
requisitos da lei e, ao fazê-lo, proporcionar paz verdadeira e duradoura para
qualquer um que se humilhar o suficiente para recebê-la. Jesus eliminou
qualquer razão para Deus reter Sua graça renovadora de você.
Se
quisermos avivamento devemos orar, crendo que ele é uma obra de Deus, rogando
ao Senhor que afaste a Sua ira e se volte para nós com amor. Preparando-nos,
alinhando nossas vidas e igreja com a Sua santa Palavra, afastando-nos de
nossos ídolos e nos voltando ardorosamente para o nosso Deus. Descansando-nos
na soberania de Deus e assumindo nossa responsabilidade.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
ATENÇÃO
Disponibilizamos o boletim informativo da IPBN, a fim de que você fique por dentro daquilo que Deus está fazendo em/através da nossa comunidade. Boa leitura. Click no link abaixo e faça o download:https://mega.nz/file/xZoEHZbb#IrUhrSoyWD42Q2dZye4ugfj9IH9eZb03sBYxMSVhLv4
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