sábado, 24 de junho de 2023

QUANDO AS DISTRAÇÕES NOS ROUBAM O QUE É NECESSÁRIO 25/06/2023

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Lucas 10:38-42

As Sagradas Escrituras apresentam inúmeros exemplos de pessoas que sabiam da necessidade de se apegar à Palavra de Deus. Maria, mãe de Jesus, quando deu à luz ao filho, os pastores vieram ver o Salvador e falaram com ela sobre aquilo que Deus lhes tinha dito, ela, ao ouvi-los, entesourou e ponderou no coração. Após a adoração no templo em Jerusalém, Maria, novamente, valorizou as palavras de Deus e guardou em sua mente. O apóstolo Paulo elogiou os bereanos por confrontarem suas palavras com a única coisa necessária – as Escrituras (At 17:11).

O texto supracitado, no v.38, nos afirma que Marta convidou Jesus e os discípulos para sua casa. Um ato de amor e generosidade. Foi um convite de fé, pois somente esta pode gerar um espírito generoso. No v.40, Marta estava muito ocupada com todo o serviço de casa, enquanto sua irmã Maria estava aos pés de Jesus, ouvindo seus ensinamentos. Marta desabafou a Jesus: “Não te importas!” Estava no seu limite, a irmã não estava ajudando em nada, e acrescentou: “Diga-lhe que me ajude.” Uma reclamação, depois uma ordem. Uma mulher confrontar um homem naquela época não era considerado comportamento social aceitável. No v.41, Jesus educadamente lembrou a Marta que estava demasiadamente “preocupada e aborrecida com muitas coisas.” A preocupação é uma emoção interior. “Como vou conseguir fazer tudo isso?” Ficar chateada foi uma ação exterior que a levou a questionar o cuidado de Jesus e ordenar-lhe agir.

Jesus não repreendeu Marta, mas lhe mostrou a maior necessidade da vida. Em muitas situações pensamos não menos do que ela. No momento, havia muitas distrações para se lembrar da única coisa necessária. Assim como Marta, somos constantemente desafiados pelas distrações. Nosso mundo promove a preocupação, atacamos com raiva em vez de ouvir. Com muita facilidade a inquietação e a irritação se infiltram em nossas vidas.

E ainda há mais distrações: “Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, mas os cuidados do mundo, a fascinação da riqueza e as demais ambições, concorrendo, sufocam a palavra, ficando ela infrutífera.” (Mc 4:18,19) A falsidade da riqueza aumenta nossa ansiedade e intranquilidade. Muitas vezes nossa natureza pecaminosa deseja as coisas deste mundo! Tudo isso sufoca a palavra de Deus, são muitas as distrações.

Quão verdadeiro é o Senhor nos lembrar que a piedade com contentamento é um grande ganho. Um espírito satisfeito nesta vida é fruto da fé. Somente a piedade e a fidelidade desviam as desatenções que se infiltram em nossas vidas. Deixe que o mundo corra atrás da riqueza, posses, honras, glória e fama. “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mt 16:26) Nada nesta vida ou no mundo pode ser trocado por nossas almas. No meio de tantos alheamentos conhecemos a verdade. O contentamento é o presente de Deus para nós, seus filhos.

Como superar as alienações de nossa natureza pecaminosa? Não somos deixados para fazer isso sozinhos. O Mestre nos lembra que realmente apenas uma coisa é necessária: buscarmos ao Senhor. Nele podemos encontrar nossas respostas e a força para superar as distrações. Devemos orar ao nosso amoroso Pai celestial em todo o tempo, em qualquer lugar, sempre. ​“Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (IPe 5:7). O Senhor cuida de nós, muito mais do que nossas famílias e governos terrenos. O cuidado gracioso de Deus por nós é plenamente perfeito e em todo o tempo.

Voltando ao nosso texto, no v.39, enquanto Marta encontrava-se distraída com muitas coisas, Maria sentou-se no chão e dedicava-se a ouvir as palavras e os ensinamentos de Jesus. O serviço, a comida, os convidados eram todas formas de desviar a atenção, Jesus era a única atração real e benéfica. Essa foi a atitude de Maria. Jesus acalmou Marta e a lembrou daquilo que é necessário, que sua irmã havia escolhido.

Marta estava fazendo coisas importantes por causa do convite a Jesus e os discípulos, mas Maria estava fazendo a única coisa importante, por isso foi a melhor escolha. A pressão do momento nos pode levar a fazer o que pensamos ser o melhor, mas não podemos esquecer da única coisa que é indispensável. Notável que as Sagradas Escrituras têm um excelente exemplo sobre essa “coisa necessária”. Um pedido de um servo: “​Uma coisa peço ao SENHOR, e a buscarei: que eu possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a beleza do SENHOR e meditar no seu templo.” (Sl 27:4) Quando nos reunimos como igreja para cultuar a Deus, estamos buscando a principal atividade necessária: aprender sobre a importância de ouvir a Palavra de Deus.

Assim devemos pensar como Paulo: “...mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Fp 3:13-14) Não deixemos que as coisas supostamente relevantes, e muito menos, as distrações deste mundo nos roubem a única coisa necessária que é meditar na Palavra do Senhor, pois somente Cristo “...tem as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.” (Jo 6:68-69)

Rev. Liberato Pereira dos Santos



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