1 Coríntios 16:1-2
Em nossa igreja, o ato
de adoração que recebe menos atenção é a contribuição, isso porque: primeiro, não
queremos ser agrupados com aquelas pessoas, que concentram muito tempo em
solicitar dinheiro, a ponto até de intimidar os membros da congregação; em segundo,
entendemos que contribuir é um ato de adoração muito particular. Se alguém dá
ou não e quanto der é um assunto privado entre o doador e Deus.
Porém
necessitamos olhar melhor as Escrituras Sagradas, para examinar o tipo de
espírito que Deus espera, quando se trata da contribuição, seja nos dízimos e
ofertas.
Paulo escrevendo aos
Coríntios, na primeira epístola, afirmou: “Quanto à coleta para os santos,
fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana,
cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá
juntando, para que se não façam coletas quando eu for.” Aqui podemos
compreender:
A contribuição faz
parte do nosso culto de adoração ao Senhor – “...No primeiro dia da semana...”
(culto dominical)
Algo de que cada membro
da igreja deve participar – “...Cada um de vós...”
Proporcional - Paulo realça
a declaração de que cada membro deve contribuir, acrescentando a expressão: “conforme
a sua prosperidade.” Entende-se: que se você não prosperou naquela semana,
não recebeu nenhuma receita financeira, não é obrigado a contribuir; a
contribuição está vinculada ao valor de nossa renda. Nosso dar deve ser proporcional
ao que recebemos, veja II Co 8:12.
Para os santos - “Quanto
à coleta para os santos...” O dinheiro arrecadado deve ser utilizado para
beneficiar a igreja e seus membros.
Já
na segunda epístola, o Apóstolo declara: “Cada um contribua segundo tiver
proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a
quem dá com alegria.” (2 Co 9:1-9) Podemos destacar:
Embora
Paulo tenha admoestado cada membro da congregação a ser ativo na doação, ele
não deseja que ninguém se sinta compelido a fazê-la. A participação deve ser
com liberalidade e não sob imposição.
Não
dar “com tristeza”, o que significa que o donativo não deve ser de má vontade. Não
devemos sentir como se estivéssemos separando-nos de um amigo ou ente querido,
quando entregamos o nosso dinheiro. Deus nos adverte, em sua Palavra, sobre o perigo
de sermos gananciosos e egoístas.
Com alegria – “...Deus
ama ao que dá com alegria.” Se você coopera sem prazer no coração, Deus
prefere que não dê nada. A palavra grega traduzida por “alegre” é o termo do
qual obtemos nossa palavra “hilário”, ou seja, Deus espera que transbordemos de
contentamento.
Já
na carta aos Romanos, Paulo faz a seguinte orientação: “... ou o que exorta
faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com
diligência; quem exerce misericórdia, com alegria.” (Rm 12:8) Aqui ele
reforça o ponto de que devemos estar dispostos a, entre outras virtudes, contribuir.
Em vez de ser mesquinho, devemos ser generosos nas doações. A Bíblia registra
inúmeras pessoas que foram doadores liberais, e foram elogiados por sua
liberalidade. Confira: 2 Co 8:14; Mc 12:41-44. Nesses textos os macedônios e a
viúva praticaram a grandeza na contribuição, o que os motivou a esse tipo de
comportamento? Penso em duas sugestões bíblicas:
Gratidão
– Essas pessoas ficaram gratas pelos benefícios com os quais Deus as abençoou.
O Salmista fez a seguinte ponderação: “Que darei ao SENHOR por todos os seus
benefícios para comigo?” (Sl 116:12) Os macedônios refletiram sobre o
sacrifício de Jesus Cristo e se mostraram dispostos a fazer seus próprios sacrifícios.
“pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez
pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.” (2 Co
8:9).
Fé
– Eles demonstram a fé de que, se colocassem Deus em primeiro lugar em suas
doações, o Senhor garantiria que teriam o que eles precisam para suas vidas
diárias. Posso afirmar que essa fé está bem fundamentada, pois se apoiam em passagens
das Escrituras Sagradas, que afirmam que Deus retribui aquilo que ofertamos à
Sua causa. “A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao
que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda. A alma generosa
prosperará, e quem dá a beber será dessedentado.” (Pv 11:24-25).
Dessa
forma pense muito em sua doação, você necessita considerar os princípios aqui
apresentados. Faça um plano de suas contribuições, e tudo que decidir entregar
ficará entre você e o Senhor. Procure responder a seguinte pergunta: “O que
darei ao Senhor por todos os Seus benefícios para comigo?” É uma questão de
gratidão, obediência e sobretudo fé.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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