I Samuel 8:1-9
A experiência do
profeta Samuel nos ensina muito sobre como o cristão deve lidar com a
corrupção, pois nenhum de nós está imune a essa falha grave de caráter.
Examinemos cuidadosamente:
Os versículos um e dois
nos fala que o profeta constituiu família. Viver juntos: marido, esposa e
filhos é o um presente de Deus (Sl 127:1). Orar, adorar e realizar o ministério
como família é uma bênção! Anteriormente, o grande líder Josué desafiou todo o
povo de Israel a jogar fora os seus ídolos mesquinhos: deuses do dinheiro,
poder, posição, desejos e concupiscências da carne, e servir ao Senhor,
afirmando que ele e a sua casa serviriam a Deus. Samuel e sua casa serviram a
Deus.
Já o versículo três
revela que os filhos do velho profeta não andaram nos caminhos do Senhor, assim
como os filhos de Eli, e posteriormente, os de Davi, bem como os filhos de
Israel falharam.
Muitas
crianças, quando se tornam adultas, abandonam a igreja, não gastam tempo em
oração, não leem a Bíblia. Quem é o responsável? Pai ou mãe? Muitas vezes sim,
os pais apenas forçam os filhos a praticarem uma religiosidade, sem lhes dar
nenhum exemplo no lar, estão mais preocupados com banalidades e diversões, programas
e desempenho da comunidade do que o verdadeiro amor a Deus. O único propósito deveria
ser ensiná-los a crer, amar e obedecer a Deus, tornando-se exemplos para suas
vidas.
Os
filhos de Samuel tornaram-se gananciosos, desviaram-se para o ganho desonesto e
aceitaram subornos. Eles tinham conhecimento da maldição, castigo e a morte do
sacerdote Eli e seus filhos por tais práticas, mesmo assim, escolheram esse
caminho nefasto. Sinceramente não consigo entender como isso ocorreu, pois o
seu pai sempre foi um homem fiel a Deus, certamente não aprenderam com ele. É
possível que tenham sido influenciados pelas amizades e associação com pessoas
cujos corações estavam alienados do Senhor. Por isso, devemos cuidar muito bem
dos nossos filhos e da nossa vida, nesse ponto. Já declarou o apóstolo Paulo:
“Não se deixem enganar: "As más companhias corrompem os bons
costumes". (I Co 15:33)
As
Escrituras são contundentes em advertir sobre o perigo da corrupção e
condená-la. O homem ganancioso enche sua casa com bens preciosos roubados (Pv
1:13), e destrói a sua própria casa (Pv 15:27). Não aceite suborno, isso te
cegará. Quem aceita propinas e procura burlar a justiça é um homem perverso (
Ex 23:8;Dt 16:19 e Sl 26:10) Uma pessoa corrupta é maldita, e caso não se converta
dos seus maus caminhos, será consumida pelo fogo eterno (Dt 27:25). Como diz o
provérbio: “Comer a prosperidade sem a aprovação de Deus traz maldição.” Geazi,
o assistente do profeta Elizeu vivenciou tal verdade. (II Rs 5:20-22)
Por
outro lado, a Bíblia apresenta promessas valiosas para o justo, aquele que
procura viver uma vida caracterizada pela honestidade. Porque o Senhor não
pratica a injustiça, nem parcialidade, e nem aceita suborno. (II Cr 19:7) Suas
bênçãos nunca são baseadas no quanto você lhe oferta, mas como você faz, em sua
disposição de obedecer-lhe (I Sm15:22-23) Só andará e habitará com o Senhor “
aquele que anda em justiça e fala o que é reto; o que despreza o ganho de
opressão; o que, com um gesto de mãos, recusa aceitar suborno; o que tapa os
ouvidos, para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos, para não ver o
mal. (Is 33:14-15).
Nos
versículos quatro e cinco, os anciãos pedem um rei, um grave erro. Nenhum
governo humano resolverá os nossos problemas. Devemos sempre pensar no modelo
da teocracia e não nos modelos do mundo. A igreja primitiva nunca adotou o
modelo romano, mas o modelo de Cristo (Jo 18:33,36-37). No VT, Deus advertiu o
seu povo, Israel, de que não seguisse os
sistemas dos países pagãos, mas o modelo de YHWH (Lv 18:3-5) Não siga os
caminhos e métodos dos incrédulos, mas atente para aquilo que Pedro e os apóstolos,
quando ameaçados no Sinédrio, afirmaram: “Mais importa obedecer a Deus do que
aos homens.” (At 5:29)
Samuel
ao ouvir o pedido dos anciãos, orou consultando ao Senhor. A oração correta é
uma arma poderosa (Ef.6:18). As armas humanas trazem mortes e destruição, mas
as espirituais nos fazem viver em retidão e paz. O Senhor nos deu esse grande
privilégio de falar com Ele, pedir sua orientação e clamarmos por suas bênçãos.
Por
fim, nos versículos sete a nove, as pessoas que estavam experimentando a boa
decisão, o julgamento e a orientação de Deus por intermédio do profeta Samuel,
de repente, se voltaram contra ele. O Senhor disse ao seu servo que não
desanimasse, pois eles não o estavam rejeitando, mas sim a Ele, e lhes deu um
rei. É importante ressaltar que a permissão de Deus, em certos casos, não representa
a Sua vontade, mas uma lição, que pode custar muito cara para nós.
Quando praticamos a
verdade e vivemos na presença do Senhor de forma honesta e íntegra, certamente
muitos não concordarão e se levantarão contra nós. Porém não devemos
retroceder, mas nos alegrarmos, pois o que importa é agradar a Deus e não aos
homens. ( Mt 5:11-12)
Roguemos
a Deus que nos ajude a manter os nossos pés no caminho da retidão.
Rev. Liberato Pereira dos Santos
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